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Brainwriting: conheça um novo jeito de gerar ideias em grupo

O Brainwriting surge no mercado corporativo como um complemento ao brainstorm. Isso porque a famosa “chuva de ideias” possui alguns vácuos em seu conceito, podendo ou não gerar o resultado esperado por quem o promove.

Então, se em algum momento você teve uma ideia inusitada e não soube compartilhá-la com o grupo durante um brainstorm ou outra situação corriqueira, o brainwriting é a técnica perfeita para você. E nós vamos explicar tudo sobre ela neste artigo! 

O que você irá descobrir? Porque o brainwriting é melhor, como a nova técnica funciona, suas principais vantagens e curiosidades sobre sua criação! Aproveite e até a próxima :).

Por que escolher o brainwriting ao invés do brainstorming?

Antes de explicarmos porque o brainwriting tem sido mais utilizado nas empresas, é preciso entender que as duas técnicas, mesmo que diferentes, possuem o mesmo objetivo. 

Sendo esse muito importante para empresas, principalmente na publicidade: gerar novas ideias, soluções inovadoras para um problema, e muito mais, de forma rápida, sem julgamentos ou mesmo distinção do que é certo ou errado.

Por isso, por mais que haja uma grande variedade de divergências entre o  brainstorming e o brainwriting, há pelo menos uma similaridade entre as duas técnicas que não pode ser ignorada: elas permitem o compartilhamento de ideias entre várias pessoas de forma colaborativa e organizada.

Mas, porque o brainstorming, técnica tão utilizada no passado, está se tornando obsoleto?

Quem explica isso é a professora Leigh Thompson, da Kellogg School of Management em entrevista a Época Negócios. 

No artigo, a profissional afirma que o brainstorming tem um alto poder de inibição, porque ao compartilhar as ideias, há a tendência de que duas pessoas irão monopolizar mais de 60% da conversa (quando há ao menos 4 indivíduos participando do momento). 

Ou seja, o brainstorming pode gerar ansiedade social, além de ser humanamente impossível nos livrarmos 100% dos preconceitos presentes na sociedade, mesmo que haja boa vontade. É implícito que em algum momento, esses fatores podem mudar o rumo das sessões.

Outra coisa que muda esse rumo, são as primeiras ideias. Assim como as pessoas podem monopolizar a conversa, as ideias subsequentes tendem a seguir uma mesma linha de raciocínio, influenciando o decorrer da atividade e comprometendo os resultados finais obtidos.

Por isso, o compartilhamento anônimo e escrito das ideias promovem a democracia, evitam julgamentos inconscientes e, principalmente, a monopolização dos pensamentos e o “poder” direcionado a alguns dos participante. É dessa premissa que surge o brainwriting, ou conversa cerebral, em sua tradução livre para o português. Vamos entender melhor:

Como funciona o brainwriting?

Como falamos anteriormente, o brainwriting é uma nova e melhorada técnica para geração de ideias. A principal diferença em relação ao brainstorming é que o processo é muito mais organizado e as ideias são escritas ao invés de verbalizadas.

Ou seja, em uma atividade em grupo voltada ao brainstorming, cada indivíduo escreve suas ideias em papel, sem precisar falar nada por alguns minutos. Essas ideias respondem a uma pergunta ou problema.

Assim que todos escreverem suas ideias iniciais, os papéis são compartilhados com os outros membros, que complementam com suas ideias. Após uma rodada inteira, as ideias são abertas, normalmente em quadro branco.

É possível realizar uma sessão com base nessa técnica de diversas maneiras. Mas separamos um passo a passo básico para realizar a escrita cerebral de forma assertiva e que traga bons resultados para o seu negócio:

Apresente as regras e parâmetros

Para que a sessão ocorra conforme o planejado, é preciso apresentar o número de participantes, se haverá um número de ideias limite por pessoas, se fará uma ou duas rodadas de troca, como fará a divulgação das ideias que surgirem, entre outros detalhes.

Esclareça o objetivo do processo de brainwriting

Antes que a equipe anote suas ideias, é preciso definir um objetivo específico para a sessão. É a resposta de uma pergunta? A solução para um problema? O desenvolvimento de uma campanha? Defina isso e só então, comece o processo de geração de ideias.

Forneça um tempo limite para cada sessão

Cada rodada deve ter um tempo curto, para que a sessão permaneça agradável e as ideias frescas na cabeça. Claro, é sempre possível adaptar conforme a necessidade da sua equipe, mas o ideal é que as ideias sejam escritas em um espaço de 3 a 5 minutos.

Compartilhe as ideias 

Após todas as pessoas escreverem por cima das ideias, é preciso juntá-las em um só lugar, um quadro branco, adesivos ou softwares virtuais são ideais para que se tenha um panorama geral das ideias que surgiram e a próxima, e última, etapa, ocorra tranquilamente.

Consolide as ideias 

Ideias reunidas, é hora de verificar o que foi possível criar e identificar qual a melhor ideia em relação ao objetivo principal da atividade. Isso pode ser feito classificando as ideias de forma anônima, em impraticáveis e boas, e posteriormente, realizando uma votação por eliminação até que fique a melhor ideia desenvolvida para ser colocada em prática.

3 Vantagens do brainwriting para sua empresa

Viu só como o brainwriting pode ser muito mais interessante do que o brainstorming? Se ainda não está convencido, veja algumas vantagens dessa técnica que pode revolucionar não só a publicidade, como outros segmentos:

1. Organização e democracia

Com a escrita cerebral, é bem mais difícil acontecer a monopolização e sucessão de ideias parecidas que ocorrem no brainstorming. Sua anonimidade, assim como a falta de palavras, o torna automaticamente mais organizado e as ideias tendem a não se sobrepor uma à outra.

2. Geração de mais ideias para lapidar

Tirando os fatores de ansiedade social e o julgamento da mesa, a chance de uma sessão de brainwriting trazer ainda mais ideias é muito maior. Afinal, pessoas introvertidas e em posições júnior, por exemplo, sentem-se mais livres para explorar toda a sua criatividade, sem se sentirem pressionados.

Outra grande vantagem em relação a esse assunto, é que o volume de ideias geradas pode chegar a até 108 ideias em uma sessão normal. No brainstorming, esse número é consideravelmente menor, por tudo que já explicamos aqui.

3. Ideal para equipes remotas

Você tem um time remoto e quer testar a técnica de brainwriting? É possível também! Faça as rodadas em planilhas, por exemplo. A ordenação e a anonimização das rodadas permite que os participantes insiram suas ideias a qualquer momento.

Será preciso apenas duas reuniões virtuais, a primeira para apresentar as regras e o processo, assim como o objetivo da sessão, e a segunda para realizar as etapas finais de ordenação das ideias e votação da melhor desenvolvida.

Além de ser um processo incrível para gerar novas ideias, o brainwriting é capaz de gerar o sentimento de pertencimento, espírito de equipe e outros fatores muito importantes para times remotos!

Como surgiu o brainwriting?

Agora que você já sabe o que é a escrita cerebral, como ela funciona e as principais vantagens dessa técnica geradora de ideias para seu time, vamos de curiosidade! O brainwriting surgiu em 1968, quando o alemão Bernd Rohrbach publicou a técnica nomeada como “6-3-5” na revista  Absatzwirtschaft.

Os números referem-se aos critérios utilizados para a sessão de brainwriting: 6 participantes, 6 rodadas de ideias. Em cada rodada de 5 minutos, cada participante deverá elaborar 3 ideias.

O processo segue da seguinte forma: cada participante escreve 3 ideias em um papel, no período de 5 minutos, após isso, repassa para quem estiver à sua esquerda e o prazo conta novamente. Ao receber um novo papel, o participante deverá escrever 3 novas ideias de acordo com o que acabou de receber.

A ideia é que quando o papel retornar a seu dono original (após 6 rodadas), tenha-se gerado pelo menos 108 ideias em 30 minutos. Muito interessante, não é? Para gerar ideias que funcionem com base em dados e pesquisas de mercado, entre em contato com a ROI Mine!